HISTORIAS & SONS
quinta-feira, 18 de dezembro de 2014
MAESTRO ANDRÉ MACHADO
Algumas vezes nós temos tanto a dizer mas ficamos enroscados
na quantidade de informações ou melhor neste caso especifico na emoção. E por
este motivo resolvi simplesmente fazer uma cópia do texto existente nas páginas
293 e 294, da escritora Maria Amélia Blasi de Toledo Piza, Botucatu - Notas
Musicais.
Nas paginas citadas encontramos um pequeno relato sobre a
vida do Maestro André de Almeida Machado, pessoa com a qual tive a oportunidade
e prazer de conhecer quando tinha aproximadamente 12 anos de idade, quando por
três vezes na semana me dirigia a uma das salas do piso superior do Mercado
Municipal de Botucatu para ter meu primeiro contato com a teoria musical. É bom
lembrar que Maestro André de Almeida Machado nada tem a ver com Maestro André
Rocha, ambos importante para a historia musical de nossa cidade, mas que
viveram em períodos distintos.
"Andre de Almeida
Machado nasceu em Porangaba-SP, em 30 de outubro de 1918, filho de Benedito de
Almeida Machado e Julia Antulini.
Iniciou o aprendizado
musical em Porangaba, ainda muito jovem
como Martinho Olímpio da Silva, passando aos treze anos de idade, para o
Maestro Sr. Antonio de Oliveira Pinto (mais conhecido nos meios musicais da
região como Toninho Cristovão), já na Banda Santo Antonio, em Porangaba. Tocou
também na Banda Santa Cecília. Estudou
harmonia através de livros, com orientação de vários maestros que
conheceu. Além de Maestro e Compositor, foi também instrumentista, dominando o
Clarinete, Saxofone e Requinta.
De 1954 a 1964, foi
regente da Corporação Musical Santo Antonio da cidade de Porangaba. De 1966 a
junho de 1968, foi musico da Corporação Musical Porangabense, como contramestre.
Neste período participou de vários concursos e festivais de Bandas e Fanfarras
promovidos pela Rádio Municipalista de Botucatu, quando chegou a ser Tricampeão
com a referida Corporação.
A partir de junho de
1968 assumiu a regência da Corporação Musical "Dr. Damião Pinheiro Machado
de Botucatu", sendo contratado pelo Prefeito Municipal da época Sr. Amaral
Amando de Barros, para reorganizar a referida corporação que estava parada,
permanecendo como Maestro até o ano de 1990. Em Botucatu voltou aos estudos de
harmonia e composição, com o professor e maestro Aécio de Souza Salvador.
Durante todo esse período compôs muitos Dobrados, Marchas, Valsas, Sambas, fez
diversos arranjos de musicas populares. Sua retidão e dedicação ao trabalho mantiveram
sempre elevado espírito na Corporação Musical "Dr. Damião Pinheiro
Machado". Após sua aposentadoria ainda voltou a reger a Corporação Musical
Santo Antonio, da qual, foi o último maestro. Além de musico sempre se dedicou
a lavoura.
Faleceu em 31/01/2003
na cidade de Botucatu."
quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
Luiz Rodrigues de
Lara nasceu aos 10 de agosto de 1938
na cidade de Pardinho, filho de José Rodrigues de Lara e Rosa Gloor Lara,
terceiro filho do casal, precedido por Eunice e Iracema, e antecedendo Alice,
Roberto e Eduardo. Ao concluir o ensino fundamental passou a exercer a função
de Auxiliar de Farmácia profissão em que permaneceu por vários anos, neste
mesmo período ingressou na “Lira Musical de Pardinho” tocando trombone de vara
até os vinte anos de idade.
A vida profissional o
fez mudar-se para Botucatu, formando-se farmacêutico exerceu atividade em
várias farmácias da cidade.
Casou-se Tereza Alves
de Lara em maio de 1965, com quem teve dois filhos José e Carlos, em janeiro de
1980 juntamente com seu filho José, passou a tocar na Corporação Musical “Dr.
Damião Pinheiro Machado”, Carlos também seguiu o mesmo caminho, ingressando na Corporação Musical pouco tempo
depois. Neste período passou a tocar
clarinete sob regência do Maestro e Mestre André de
Almeida Machado.
Em Botucatu trabalhou
por até sua aposentadoria na empresa Duratex. Mas como estamos aqui de passagem
Luiz Lara nos deixou em dezembro de 1990, o bom corintiano certamente foi solar
seu clarinete para além das estrelas deixando entre nós um grande vazio e muita
saudade.
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
Banda Musical Fazenda Santa Victória
(foto colaboração João Carlos Figueiroa)
MUSICA NA VILA
VITORIA
Em Botucatu as Bandas
de Musica chegaram para ficar, isso pode ser constatado pelo relato de nossos
historiadores. Desde o final do século XIX até nossos dias a banda faz parte da
historia da cidade.
Neste período a população urbana era pequena, a grande
concentração de pessoas estava na zona rural, nas fazendas era o tempo que a
produção de café impulsionava a economia. Assim as grandes fazendas chegaram a criar suas próprias
bandas de musica.
Dentre estas fazendas estava a Fazenda Santa Victoria - cuja
banda de musica fora criada por volta de 1903, localizada na então Vila Vitoria
- hoje o Distrito de Vitoriana. Que nesta época era servida pela Estrada de
Ferro Sorocabana, por este motivo bastante desenvolvida.
Além da Banda da Fazenda Santa Victoria, ha relatos sobre a existência
de uma Banda Feminina, dirigida pelo maestro Guido Bissacot, isso nos anos
vinte do século passado.
Em ambos os casos as corporações não se apresentavam somente
na fazendo ou na Vila Vitória comum as mesmas subirem para se apresentarem na
sede do município. Sendo que a banda Feminina de Vitória estava mais para
ritmos como o jazz e bee-bop.
quarta-feira, 17 de setembro de 2014
segunda-feira, 15 de setembro de 2014
Banda Lyra Botucatuense
Nos primeiros anos do século passado as corporações musicais
- as bandas de musica, quase sem exceção possuíam um lado político. E por este
motivo muitas delas tiveram vida breve.
Em 1905 foi criada em nossa cidade a Lyra Botucatuense,
Regida pelo maestro Ricardo Mangarini, de origem italiana e com muitos músicos recém
chegados ao Brasil, consequentemente esta agremiação mantinha a formação e disciplina
italiana.
Com repertório ítalo e nível técnico invejável
apresentava-se regularmente . A Lyra
Botucatuense acabou tomando seu partido
o lado amandistas, partido que ganhou
as eleições municipais de 1909. Como a Banda São Benedito era dos cardosistas, a Lyra Botucatuense
manteve-se fiel a sua criação.
Mas ambas continuaram suas atividades a Lyra tocando normalmente
das cinco as sete horas da tarde no Jardim Público, enquanto a Banda São Benedito se apresentava
mais no Largo Santa Cruz, mas para isso necessitava de autorização pois o mesmo
fora cercado pela Prefeitura.
sábado, 13 de setembro de 2014
Bandas de Musica e Ação Social
As bandas fazem parte da historia de nossa história, e
sempre estiveram próximas da população. Festejos cívicos, religiosos, retretas
nos fins de semana, até em cortejos fúnebres a sempre a banda se fez presenvte na vida da população.
Em não poderia ser
diferente em Botucatu, o Jornal “O Estado de São Paulo”, de 10 de
abril de 1893, relata a apresentação da Banda União Beneficente percorreu as
ruas da cidade angariando donativos para a fundação de uma casa de
misericórdia.
É a banda também nas ações de cunho social. (Achegas para a Historia de Botucatu).
sábado, 6 de setembro de 2014
Colaboração do amigo e historiador João Carlos Figueiroa
Banda São Benedito e maestro e professor de música Primo Carnitti, provavelmente na lateral da Casa do Barão de Serra Negra, em Vitoriana. Mas poderá ser em outro lugar. Não há identificação precisa. O maestro veio de Avaré, montou escola nas proximidades da praça Isabel Arruda.
A Praga de Monsenhor
Ferrari
Falando sobre a Banda São Benedito, mencionei anteriormente
”a Praga de Monsenhor Ferrari”, agora é hora de explicar o assunto. É muito
comum a presença das bandas de musica tocado em procissões religiosas, e no
inicio do século passado as bandas de musicas em nossa cidade eram
independentes, e nas procissões da época os músicos tocavam em troca de um
jantar.
Mas, era Semana Santa e estavam programadas quatro
procissões e o maestro exigiu do monsenhor o pagamento em dinheiro pelas
apresentações, trezentos mil réis, a serem divididos entre os 26 músicos
integravam a corporação, o valor foi pago, mas segundo o historiador o Vigário
teria dito que é o último dinheiro que iriam receber, pois banda de musica
nesta terra nunca mais.
domingo, 24 de agosto de 2014
sexta-feira, 22 de agosto de 2014
BANDA SÃO BENEDITO
Pelo que apuramos a Banda São Benedito foi uma das mais
tradicionais na historia musical botucatuense. Fundada entre 1905 e 1905,
superou diversas crises, foi reorganizada algumas vezes e reuniu os melhores músicos
da cidade no inicio do século passado.
Foi ela a responsável por sonorizar a chegada da energia
elétrica em nossa cidade, seu maestro João Gomes, era conhecido na região como
o "rei do clarinete", que acabou deixando a banda por desavenças políticas,
João Gomes trabalhou em várias cidades, doente e pobre na cidade de Jundiaí,
foi trazido para nossa cidade pelos amantes da musica.
A São Benedito resistiu até a "praga" do Monsenhor
Ferrari (Livro Achegas para a historia de Botucatu), além do fim da ajuda política e a chegada do Cinema, com os filmes mudos,
as salas necessitava de um conjunto permanente de músicos, e estes eram recrutados
juntos as bandas de musica. Foi nesta época em que a quantidade de negros nas
bandas aumentaram significantemente. Dentre estes negros encontramos Lázaro (o
Lazinho) Camargo trompetista e irmão do maestro Jurema.
quinta-feira, 21 de agosto de 2014
Damião Pinheiro Machado
Dr. José Damião Pinheiro Machado,
era do ramo gaúcho dos Pinheiro Machado. Filho do Major Cosme Damião Pinheiro
Machado e Paulina Ribas Pinheiro Machado. Nasceu em São Luiz Gonzaga das
Missões (RS), aos 16 de maio de 1899. Bacharel em Direito, pela Faculdade de
Direito da Universidade do Rio de Janeiro, foi criado e educado pelo Senador
Pinheiro Machado.
Formado, o
moço Damião foi para o sul advogar. Idealista, não se conformando com o estado
das coisas criado pelo Partido Republicano ( o velho PRP ), tomou parte ativa
no ciclo revolucionário que foi de 1922 a 1930. Fez parte da Coluna Prestes.
Mas não acompanhou Luiz Carlos Prestes, quando este se transformou no chefe do
comunismo brasileiro. Com a tomada do poder por Getulio Vargas, o Dr. Damião
veio para Botucatu, onde advogou até falecer. Aqui foi vereador (1948 ) e
político de prestigio popular. Nunca ambicionou ser funcionário público, mesmo
de alta categoria. Em sua homenagem a banda musical botucatuense se denomina
“Corporação Musical Dr. Damião Pinheiro Machado”. Casado com Zulma Brandi
Pinheiro Machado, de Lençóis Paulista, deixou uma filha , a advogada Dra. Maria
Therezinha. Dr. Damião faleceu em
Botucatu, em 10 de agosto de 1948.
Obs.: agradeço a colaboração do
amigo e escritor Anthemo Roberto Feliciano.
PRIMEIRAS BANDAS EM
BOTUCATU
Segundo o livro Achegas para a historia de Botucatu, do
escritor Hernani Donato, a primeira banda em nossa cidade teria existido antes
de 1888. Mas é neste ano que aparece a primeira referencia documental. Existia
então a "Banda do Sapo", denominação esta recebida pela localização
de sua sede, que também era a residência do maestro, esquina das atuais ruas Rangel
Pestana e Leônidas Cardoso.
O nome do regente não sabemos ao certo se é José ou
Francisco ou mesmo José Francisco de Campos Bicudo, o que lhe assegurou o
apelido de "Banda do Bicudo".
A "Banda do Bicudo"era a dona da situação musical
na cidade, mas tempo depois passou a ter uma concorrente organizada por Luiz
Campos. A rivalidade (segundo o livro de Donato) se configurou
quando ambas se envolveram em um grande conflito na hoje Rua Amando de Barros, próximo
ao cruzamento com a Moraes Barros.
Nesta data a "Banda do Sapo" partiu da atual Praça
do Bosque descendo a citada via enquanto a concorrente fez caminho inverso
saindo do Largo do Paratodos, o enfrentamento segundo o historiador durou por
aproximadamente meia hora, e o resultado foi a "Banda do Sapo" reinando só no meio
musical da cidade.
quarta-feira, 20 de agosto de 2014
O COMEÇO
Século XVIII
Século XVIII
Surgem, no Rio de Janeiro, as primeiras bandas de música,
formadas por barbeiros – escravos em sua maioria -, que tocavam fandangos,
dobrados e quadrilhas, em festas religiosas e profanas.
1831
São criadas as bandas de música da Guarda Nacional, e esta
arte se espalha pelo país.
1896
Anacleto de Medeiros funda a mais famosa de todas as bandas
de música: a do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro.
Século XX
As bandas de música se transformam em uma das mais populares
manifestações da cultura nacional: onde havia um coreto, existia uma bandinha,
orgulho da cidade. Nas bandas, formaram-se músicos profissionais e amadores,
eruditos e populares, como Patápio Silva, Anacleto de Medeiros e Altamiro
Carrilho, entre muitos outros.
As bandas também foram um centro gerador de novos gêneros musicais
e de um vasto repertório de chorinhos, marchas e dobrados.
http://www.funarte.gov.br/
A musica faz parte de nossas
vidas, todos sem exceção tem uma musica preferida, aquela que faz lembrar de
algum lugar, pessoa ou mesmo tudo isso junto.
A musica provoca nossos sentimentos, nos traz alegria, tristeza, nos
acalma ou nos inflama, pode nos levar ao paraíso ou mesmo para a guerra, cada
qual com seu estilo, mas não sem musica.
Ouve um tempo em que as bandas de
musica era a principal atração das cidades principalmente nas pequenas
comunidades do interior, nestas localidades o aprendizado musical era quase que
uma obrigação e nos finais de semana a praça ganhava mais vida com a retreta da
banda local. Era para lá que as famílias se deslocavam e ao som da
"bandinha" as crianças brincavam, casais se formavam e a violência as
drogas não tinham espaço.
O tempo passou as cidades
cresceram as bandas foram reduzidas mas não acabaram elas resistem ao tempo, ao
crescimento das cidades a correria do dia-dia, porque sempre haverá pessoas
independentemente da idade, sexo, raça, credo religioso ou ideologia política, dispostos
a manter a tradição.
Este espaço está sendo criado
para contar um pouco da historia das Bandas de Musica, e não poderíamos iniciar
começar por outra que não fosse a Corporação Musical "Dr. Damião Pinheiro
Machado" - com seus 66 (sessenta e seis) anos de existência e muita
historia não só em Botucatu, mas em todo o Estado de São Paulo. Hoje com 37 integrantes sob regência de Carlos
de Campos.
A música entre os antigos gregos era um fenômeno de origem divina, e
estava ligada à magia e à mitologia, havendo várias histórias místicas
relacionadas à origem da música e suas capacidades e funções. Alguns
instrumentos e modos eram associados especificamente a certas divindades, como
o aulos a Dionísio, e a cítara a Apolo. Além disso registros diversos indicam
que a música era parte integral da percepção grega de como o seu povo teria
vindo à existência e de que continuava a ser regido pelos deuses. Por exemplo,
Anfião teria aprendido música com Hermes e teria construído Tebas através do
poder do som; Orfeu podia tocar com tamanha doçura que até as feras quedavam
absortas; Hermes teria inventado a lira, dada a
Apolo em troca do gado que havia dele roubado. O próprio
Apolo, depois assumindo o papel de Deus da Música e líder das Musas (das quais
Euterpe tutelava a Música), é mencionado em competição com Mársias e Pã. Assim,
estando presente em alguns de seus principais mitos, a música invariavelmente
era usada nos ritos religiosos, nos Jogos Olímpicos e Pítios, nas festas
cívicas, nas atividades de lazer e subsidiando outras formas de arte.
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsica_da_Gr%C3%A9cia_Antiga
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